Durante a Semana do Clima de Nova York 2025, o Programa Corredor (Corridor Program) anunciou a adesão de três novos parceiros estratégicos: Belterra Agroflorestas, Mitsui & Co. e Fundação Mitsui. A iniciativa, lançada no ano passado, busca conciliar desenvolvimento econômico, social e ambiental em uma área que se estende de Paragominas a Barcarena, no Pará, abrangendo cerca de 650 mil habitantes e 4,7 milhões de hectares, dos quais 2 milhões são de floresta tropical de alta biodiversidade.
O projeto tem como eixo central o mineroduto de 244 quilômetros que transporta bauxita da mina de Paragominas até a refinaria Alunorte, em Barcarena. Ao longo desse corredor, que cruza sete municípios paraenses, a meta é estimular iniciativas de bioeconomia, restaurar florestas, apoiar comunidades locais e criar alternativas de renda sustentáveis.
“Parcerias transformam ambições em impacto. Estamos entusiasmados em receber três novos parceiros, aprimorando nossa capacidade de gerar oportunidades e construir um futuro positivo para pessoas e comunidades ao longo do corredor Paragominas-Barcarena” afirmou Eivind Kallevik, presidente e CEO da Hydro.
Compromisso de longo prazo
O programa é resultado de uma coalizão inédita que reúne a Hydro, a Mercedes-Benz, organizações amazônicas como o IPAM, o Centro de Empreendedorismo da Amazônia (CEA) e o Imazon, além de parceiros técnicos como a BCG. Agora, com a entrada da Mitsui, o projeto ganha alcance internacional e novos aportes financeiros.
— A adesão ao Corridor reflete o compromisso de longa data da Mitsui com o desenvolvimento sustentável e o crescimento inclusivo. Por meio desta parceria, pretendemos apoiar cadeias de valor resilientes e promover o progresso socioeconômico, ao mesmo tempo em que salvaguardamos a biodiversidade e o patrimônio cultural da região — destacou Akinobu Hashimoto, gerente-geral da divisão de Novos Metais e Alumínio da Mitsui & Co.
A Belterra Agroflorestas, por sua vez, traz expertise em agricultura regenerativa e bioeconomia, enquanto a Fundação Mitsui reforça o braço de investimentos sociais do programa.
Pilares de atuação
O Corridor é estruturado em três frentes principais:
- Desenvolvimento econômico: fortalecimento de cadeias de valor baseadas na natureza;
- Desenvolvimento social: ações em larga escala voltadas a bem-estar, educação, oportunidades e capacitação;
- Meio ambiente: restauração florestal e conservação da biodiversidade amazônica.
Os projetos são construídos em diálogo com as comunidades locais, entre elas, indígenas, quilombolas e ribeirinhas, de modo a identificar prioridades e garantir benefícios diretos.
Histórico de investimentos
Nos últimos sete anos, a Hydro investiu mais de R$ 260 milhões em programas socioambientais no Pará. Entre os destaques está o apoio às Usinas da Paz (TerPaz), com três unidades concluídas e outras três em construção.
Em 2019, a empresa também criou o Fundo Hydro, com previsão de aplicar R$ 100 milhões em dez anos em projetos de desenvolvimento comunitário em Barcarena. Essa iniciativa foi a base para a concepção do Corredor, cuja meta é expandir ações sustentáveis até 2035, fortalecendo a bioeconomia e ampliando oportunidades na região amazônica.





























