Mais de 80 estudantes de escolas municipais do Pará tiveram uma experiência inédita na última sexta-feira (14), ao visitar o NAM Atlântico, o maior navio de guerra da América Latina. A atividade integrou o projeto “Escola Azul”, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com a Secretaria da Comissão Interministerial para Recursos do Mar (SECIRM), que busca fortalecer a cultura oceânica entre crianças e jovens.

Os alunos percorreram longas distâncias de ônibus até a capital paraense. Da EMEIF Genaro Apollaro, em Barcarena, foram cerca de três horas e meia de viagem. Já os estudantes da Escola E.E.F. Médio Albino Cardoso, de Bragança, levaram aproximadamente cinco horas e meia até Belém.
Durante a visita, as crianças conheceram áreas internas do navio, como o passadiço, o convés de viaturas e a aeronave UH-15 “Super Cougar”, posicionada no convoo do Atlântico. Entre os alunos, o encantamento era visível. “Eu adorei. As partes que eu mais gostei foram conhecer o canhão e o helicóptero dentro do navio”, contou Gabriel Junior.
Para a coordenadora do projeto “Escola Azul Brasil”, Thaís Pileggi, a visita representa muito mais do que um passeio. “A gente tem certeza que isso vai impactar lindamente na vida de todos. Muitos ficaram emocionados. Proporcionar isso para as escolas é o nosso papel. A Marinha é sempre muito perto da gente, em parcerias incríveis”, afirmou.
O comandante do navio, Capitão de Mar e Guerra José Paulo Machado de Azeredo Junior, destacou a importância de aproximar as novas gerações do mar. Segundo ele, a visita pode despertar futuros caminhos profissionais. “É muito emocionante receber crianças do interior que nunca tiveram contato com um navio. Vimos mães e alunos emocionados. É uma oportunidade para eles entenderem que isso também é uma possibilidade para o futuro, estudarem e, quem sabe, integrarem a Marinha”, disse.
A iniciativa reforça a importância da Cultura do Oceano, um dos pilares da Década do Oceano (2021–2030), estabelecida pela ONU, que destaca o papel dos oceanos no equilíbrio da vida no planeta. Em Belém, sede da COP30, o tema ganha ainda mais relevância diante das discussões sobre preservação ambiental, mudanças climáticas e uso sustentável dos recursos marinhos.
Fonte: Agência Marinha de Notícias






































