O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um aporte de R$ 221 milhões para viabilizar a instalação de uma planta protótipo (demo) da Wave Aluminium em Barcarena (PA). O projeto promete transformar resíduos de bauxita, oriundos da produção de alumina, em minerais de valor comercial usando tecnologia de micro-ondas, considerada inédita no país. A informação foi divulgada pelo colunista Rennan Setti, do jornal O Globo.
Tecnologia inédita e operação dentro da Alunorte
A unidade será construída dentro da refinaria Hydro Alunorte,maior refinaria de alumina do mundo fora da China, e deverá processar 50 mil toneladas de resíduos por ano. O início da operação está previsto para setembro de 2026.
A tecnologia, desenvolvida e patenteada pela Wave Aluminium, permite recuperar minerais como ferro e silicatos, que podem ser destinados à indústria do cimento. O método já foi testado na unidade experimental da empresa em Duque de Caxias (RJ).
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o projeto reforça a estratégia do banco de financiar iniciativas sustentáveis e alinhadas ao desenvolvimento da Amazônia Legal.
“A aprovação está em linha com o compromisso do BNDES com a sustentabilidade. A localização na Amazônia reforça o papel do empreendimento no desenvolvimento da região”, afirmou.
A iniciativa reduz o volume de resíduos descartados e incentiva a economia circular, ao transformar passivos da mineração em produtos com valor agregado. Também deve gerar empregos locais e fortalecer o setor mineral do Pará.
Embora a planta demo processe 50 mil toneladas por ano, o projeto prevê uma potencial expansão para 2 a 4 milhões de toneladas anuais. A iniciativa está alinhada à meta da Hydro de atingir 10% de reutilização dos resíduos de bauxita até 2030 e eliminar novos depósitos permanentes até 2050.
Fundada em 2019 no Rio de Janeiro, a Wave Aluminium integra o Grupo New Wave e aposta em tecnologias disruptivas aplicadas ao setor mineral.


































