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Polícia

Justiça mantém prisão de homem acusado de matar engenheiro civil em Barcarena

Crime ocorreu em fevereiro de 2024; suspeito foi preso com o celular da vítima, o engenheiro civil Jorge Augusto Fagundes, de 30 anos

Em decisão unânime, desembargadores da Seção de Direito Penal negaram o pedido de habeas corpus do homem acusado de homicídio qualificado e furto qualificado, crimes cometidos em fevereiro de 2024, que vitimaram o engenheiro civil Jorge Augusto Figueiras Fagundes, de 30 anos. A sessão ocorreu na última segunda-feira (25), sob a presidência da desembargadora Maria de Nazaré Gouveia dos Santos.

A defesa de Davids Pinheiro Martins, argumentou que a prisão preventiva foi decretada com base em fundamentação inconsistente, o que caracterizaria constrangimento ilegal. Além disso, solicitou a substituição da prisão por medidas cautelares, alegando que o réu é primário, tem residência fixa e exerce atividade lícita. No entanto, a relatora do caso, desembargadora Eva do Amaral Coelho, rejeitou os argumentos e afirmou que a decisão de manter a prisão preventiva está respaldada em elementos que comprovam sua necessidade.

“É inequívoco que a prisão preventiva deve ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da Lei Penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria”, destacou a desembargadora em sua decisão.

O caso

Jorge Augusto Figueiras Fagundes foi denunciado como desaparecido por João Alves Filho, que compareceu à delegacia para formalizar a ocorrência. Durante as investigações, a polícia localizou Davids Pinheiro Martins, que estava com o celular da vítima. A análise do aparelho permitiu rastrear a movimentação do veículo de Jorge e acessar seu extrato bancário, o que levou os investigadores a Davids como principal suspeito.

No dia 27 de fevereiro de 2024, o corpo de Jorge foi encontrado na portaria da Subestação de Energia da Equatorial, em Vila do Conde. Davids foi preso em flagrante e autorizou a entrada da polícia em sua residência, além da extração de dados do seu celular. Em seu primeiro depoimento, ele negou envolvimento no crime.

Foto: Divulgação

As investigações revelaram que Jorge foi visto pela última vez em um bar, acompanhado por três homens, incluindo Davids. A dona do estabelecimento, Ana Cleide de Souza, relatou que o engenheiro chegou ao local na manhã do dia 25 de fevereiro e saiu após as 15h. A polícia reconstituiu a cronologia dos fatos por meio de imagens de câmeras de segurança e do rastreamento do veículo da vítima.

No relatório final, os investigadores concluíram que há provas contundentes da autoria e materialidade dos crimes de homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima, e de furto qualificado, praticado em conjunto com outros dois indivíduos: Elder dos Santos Guedes e um terceiro suspeito, ainda não identificado, conhecido como “Magrão”.

Jorge Augusto Figueiras Fagundes era natural de Alvorada, no Tocantins, e estava morando em Barcarena (PA) a trabalho. Sua morte gerou comoção na sociedade em 2024, destacando a violência e a necessidade de justiça no caso. 

Fonte: Coordenadoria de Imprensa

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