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Meio Ambiente

Naufrágio do Haidar completa dez anos nesta segunda com navio ainda afundado no Porto de Vila do Conde

Acidente com navio matou quase 5 mil bois, contaminou rios e afetou milhares de famílias em Barcarena; remoção da embarcação custou milhões e nunca foi concluída

Uma década após o naufrágio do navio Haidar, a carcaça da embarcação de bandeira libanesa ainda ocupa o berço de atracação 302 do Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena, Região Metropolitana de Belém. O acidente, ocorrido em 6 de outubro de 2015, deixou marcas profundas no meio ambiente e na economia e continua sendo lembrado como um dos maiores acidentes ambientais da história do Pará.

O Haidar transportava quase 5 mil bois vivos, 28 tripulantes e 700 toneladas de óleo quando afundou durante uma operação de embarque. As carcaças dos animais e o vazamento de combustível formaram um rastro de poluição que atingiu comunidades ribeirinhas de Barcarena, Abaetetuba e chegou até Belém, a cerca de 60 quilômetros rio abaixo. O episódio comprometeu a subsistência de milhares de famílias que dependiam da pesca e da coleta de mariscos, além de afetar a saúde de moradores expostos à contaminação.

As empresas Husein Sleiman e Tamara Shipping, proprietárias do navio, a Minerva S/A, dona da carga de bois, as operadoras portuárias Norte Trading e Global Agência Marítima foram e a Companhia Docas do Pará (CDP) responsabilizadas pelo desastre. Em 2018, um acordo judicial mediado pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Pará (MPPA) e Defensorias Públicas da União e do Estado resultou no pagamento de R$ 10,65 milhões em indenizações a famílias atingidas. Outros R$ 3,05 milhões foram destinados a projetos comunitários por meio da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), com gestão do Fundo Dema.

Apesar das reparações, o passivo ambiental e logístico permanece. De acordo com o Portal da Transparência do governo federal, o país já gastou milhões com tentativas frustradas de remoção do navio, parte de um total de R$ 44 milhões licitados. Em 2019, o então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (atual governador de São Paulo), assinou contrato com a Superpesa Companhia de Transportes Especiais, do Rio de Janeiro, para reflutuar o Haidar.

A empresa, que estava em recuperação judicial, deveria retirar o casco e liberar o berço portuário, mas o serviço nunca foi concluído. Mesmo após vários aditivos e prorrogações de prazo, o contrato foi encerrado sem resultado. Em 2022, o DNIT multou a Superpesa em mais de R$ 1 milhão e a suspendeu de novas licitações, citando “risco à administração pública” e descumprimento de obrigações contratuais.

Desde então, o navio permanece parcialmente submerso, parte do casco ainda é visível na superfície, conforme imagens registradas pela reportagem do Portal Barcarena. O espaço inativo representa prejuízo operacional à Companhia Docas do Pará (CDP), que administra o porto. A CDP informou em maio de 2025 que iria conduzir novos estudos técnicos para definir uma solução definitiva para o caso.

O acidente que chocou o país em 2015 ainda impacta negativamente na economia e na imagem do Pará. O naufrágio do Haidar ganhou novo destaque neste ano em que o estado se prepara para sediar a COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em novembro de 2025. O evento deve atrair olhares internacionais para os desafios socioambientais da Amazônia.

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