O ônibus é o meio de transporte mais utilizado pelos trabalhadores de Barcarena, na Região Metropolitana de Belém. De acordo com dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11.434 pessoas, o equivalente a 29,5% da população ocupada, utilizam o transporte coletivo para se deslocar até o trabalho.
Na sequência, vêm as motocicletas, usadas por 7.561 trabalhadores (19,5%), seguidas das bicicletas (6.497 ou 16,7%), automóveis (5.208 ou 13,4%) e deslocamentos a pé (4.524 ou 11,7%).
O levantamento mostra também quanto tempo os barcarenenses gastam nesse percurso. Entre os que utilizam ônibus, 39,2% afirmam levar entre 31 minutos e 1 hora no trajeto diário. Já entre os que usam automóvel, o tempo de deslocamento é menor: 31,6% gastam entre 6 e 15 minutos, percentual semelhante a maioria dos que vão a pé (33,03%).
Desigualdades raciais e sociais
Os dados do Censo revelam ainda diferenças no padrão de mobilidade segundo cor ou raça. Em Barcarena, pessoas brancas são maioria entre as que se deslocam de automóvel (27,66%), enquanto as pretas predominam entre os que vão a pé (20,9%) e os que utilizam ônibus (41,35%). A população parda, por sua vez, lidera o uso de motocicletas, com 28,06% entre os trabalhadores ocupados.
O recorte racial ilustra desigualdades socioeconômicas que se refletem na forma como cada grupo acessa o trabalho. O automóvel, por exemplo, aparece mais associado a grupos de maior renda, enquanto o transporte coletivo e o deslocamento a pé concentram-se entre trabalhadores de menor poder aquisitivo.
Diferença entre homens e mulheres
O Censo também identificou diferenças de gênero nos deslocamentos. Em Barcarena, 27,67% das mulheres exercem suas atividades de trabalho em casa ou na própria propriedade, percentual bem superior ao dos homens (17,1%).
Entre os que trabalham fora de casa, mas dentro do mesmo município de residência, os homens são maioria (78,92%), enquanto entre as mulheres esse índice é de 69,27%. Os dados reforçam que elas tendem a se deslocar menos para trabalhar.
Panorama nacional e desigualdades regionais
No Brasil, o automóvel é o principal meio de transporte para o trabalho, utilizado por 32,3% da população ocupada. O Censo 2022 mostra que 88,4% dos trabalhadores (76,6 milhões de pessoas) atuam no próprio município de residência. Desse total, 71,4% (61,9 milhões) trabalham fora de casa e 16,9% (14,7 milhões) realizam suas atividades no domicílio.
O estudo também evidencia diferenças regionais marcantes. O transporte individual motorizado, automóveis e motocicletas, é predominante no Centro-Oeste (58,8%) e no Sul (57,1%). Já no Norte e Nordeste, as motocicletas aparecem como o principal meio de deslocamento para o trabalho, com índices de 28,5% e 26%, respectivamente.
Em relação ao transporte coletivo, o ônibus é o mais usado no país, com maior concentração no Sudeste, onde 26,6% dos trabalhadores o utilizam. No Norte, essa proporção é de 16%, refletindo as limitações de oferta e infraestrutura de transporte público na região.
Esta é a primeira vez que o IBGE investiga de forma detalhada o meio de transporte mais utilizado pela população para se deslocar ao trabalho e aos estudos. O estudo “Censo 2022: Deslocamentos para trabalho e para estudo – Resultados preliminares da amostra” fornece um retrato inédito sobre a mobilidade urbana e regional dos brasileiros, evidenciando desigualdades de acesso, tempo e custo de deslocamento.






























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