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ESPECIAL

Quando o alumínio mudou o Pará: 40 anos da Albras e do Porto de Vila do Conde

Os dois empreendimentos nasceram juntos, em meio ao projeto de transformação econômica da região Norte

A história da industrialização da Amazônia ganha um novo marco nesta sexta-feira (24), quando a Albras, maior produtora de alumínio primário do Brasil, e o Porto de Vila do Conde, em Barcarena, completam 40 anos. Os dois empreendimentos nasceram juntos, em meio ao projeto de transformação econômica da região Norte, impulsionado pelo governo federal no fim da década de 1970.

O que poucos sabem é que a fábrica de alumínio quase foi instalada em Mosqueiro, distrito de Belém. A ideia só não prosperou devido à resistência do então governador do Pará, Aloysio Chaves, que vetou a proposta. Pouco tempo depois, a localização estratégica de Barcarena, próxima ao rio Pará e com acesso natural ao Atlântico, convenceu, investidores e autoridades a transferir o projeto para o município, dando início à formação de um dos maiores complexos industriais e portuários da região norte do Brasil.

A virada da Amazônia industrial

Construída em 1978, a Albras nasceu dentro de uma política nacional que estimulava grandes projetos na Amazônia. O empreendimento foi fruto de uma parceria entre o Brasil e o Japão: o governo japonês e empresas privadas do país asiático detinham a tecnologia e buscavam garantir o fornecimento de alumínio primário para suas indústrias, enquanto o Brasil via no projeto uma forma de viabilizar a usina hidrelétrica de Tucuruí e impulsionar o desenvolvimento sustentável da região.

Instalar uma fábrica de alumínio no coração da floresta, porém, não foi tarefa simples. Os desafios de infraestrutura, logística e mão de obra foram superados graças à dedicação de centenas de profissionais e ao interesse conjunto de governos e investidores. As reservas de bauxita recém-descobertas no Pará e a localização estratégica de Vila do Conde foram fatores decisivos para que o projeto saísse do papel.

A inauguração com o presidente Sarney

Foto: Arquivo/Ag Senado

A fábrica iniciou sua operação em 6 de julho de 1985, mas foi oficialmente inaugurada em 24 de outubro do mesmo ano, em uma cerimônia presidida pelo então presidente da República, José Sarney. O Porto de Vila do Conde, construído para escoar a produção de alumínio e outros insumos, também começou a operar naquele período, consolidando Barcarena como um novo polo logístico da Amazônia.

Menos de um ano depois, em 4 de abril de 1986, a Albras realizou sua primeira exportação: o navio Sun Rokko Colombo deixou o Porto de Vila do Conde carregado com 26,5 mil toneladas de lingotes de alumínio rumo aos Estados Unidos. O embarque simbolizou o início da integração da indústria paraense ao mercado global e marcou uma nova fase no desenvolvimento econômico do município.

Da bauxita ao alumínio: o ciclo completo no Pará

Hoje, a Albras integra a cadeia produtiva da Hydro, multinacional norueguesa que se tornou sua principal acionista em 2011, com 51% das ações — os outros 49% pertencem à NAAC (Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd.), consórcio formado por agências e empresas japonesas.

O ciclo de produção começa em Paragominas, onde a Hydro extrai a bauxita. De lá, o minério segue por um mineroduto de 244 quilômetros até a refinaria Hydro Alunorte, em Barcarena, onde é transformado em alumina — um pó branco que lembra açúcar refinado. Essa alumina chega à Albras, onde passa pelo processo eletrolítico Hall-Héroult, em cubas de fusão que atingem cerca de 960ºC. O resultado é o alumínio líquido, que é moldado em lingotes e exportado para diversos mercados.

Com uma área de quase 1,9 milhão de metros quadrados, o parque industrial da Albras abriga setores de Carbono, Redução e Fundição, além de unidades administrativas, restaurante, ambulatório e pátios de estocagem.

Desde 1985, a empresa fornece ao mercado interno e externo lingotes de alumínio de baixo carbono, mantendo seu papel central na economia paraense e no desenvolvimento industrial da Amazônia.

Quatro décadas de transformação

Porto de VIla do Conde, Barcarena em 2025
Foto: Paulo Brito – Portal Barcarena

Ao longo de quatro décadas, a presença da Albras e do Porto de Vila do Conde transformou Barcarena. O município, antes com perfil rural, tornou-se um dos principais polos industriais do Norte, com reflexos diretos na geração de empregos, na urbanização e na atração de novos empreendimentos.

De quase ter sido um projeto em Mosqueiro, a Albras se firmou como símbolo da capacidade amazônica de produzir, inovar e competir globalmente, e segue sendo uma das engrenagens que movimentam o futuro industrial do Pará.

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