Os portos da Região Norte do Brasil movimentaram 12,6 milhões de toneladas de cargas em outubro de 2025, volume 31,46% superior ao registrado no mesmo mês de 2024, quando foram movimentadas 10,2 milhões de toneladas. Os dados são da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e confirmam a trajetória de crescimento sustentado da atividade portuária na região.
De acordo com levantamento do Ministério de Portos e Aeroportos, o avanço foi impulsionado principalmente pela navegação interior, que respondeu por 7,4 milhões de toneladas, representando um crescimento de 25,28% na comparação anual. A modalidade segue como eixo estratégico da logística regional, especialmente no escoamento da produção agrícola e mineral da Amazônia.
A navegação de longo curso também apresentou desempenho positivo, alcançando 4,4 milhões de toneladas, com alta de 19,22% frente a outubro de 2024, mantendo papel central no fluxo de exportações da Região Norte.
Entre as mercadorias mais movimentadas no período, o milho liderou com 3,8 milhões de toneladas, seguido pela bauxita, com 1,9 milhão de toneladas, e pelas cargas conteinerizadas, que somaram aproximadamente 1 milhão de toneladas.
Porto de Vila do Conde lidera movimentação regional
No recorte por terminal, o Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), registrou o maior volume movimentado da Região Norte em outubro, com 1,8 milhão de toneladas, consolidando sua posição estratégica no Arco Norte. Em seguida, o Porto de Santarém (PA) aparece com 1 milhão de toneladas movimentadas no período.
Os dados acumulados entre janeiro e outubro de 2025 reforçam a relevância de Vila do Conde no cenário nacional. Segundo o Estatístico Aquaviário da Antaq, o porto registrou 16,7 milhões de toneladas movimentadas, apesar de uma leve retração de 1,21% em relação ao mesmo período de 2024.
No detalhamento por perfil de carga no porto paraense, o granel sólido respondeu por 12,1 milhões de toneladas, com crescimento de 1,10%, mantendo-se como principal tipo de carga. Já o granel líquido somou 2,1 milhões de toneladas, com queda de 7,92%. A carga conteinerizada atingiu 1,5 milhão de toneladas, registrando retração de 11,42%, enquanto a carga geral totalizou 1,0 milhão de toneladas, com alta de 3,77% no acumulado do ano.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os números reforçam a importância dos investimentos na região. “O desempenho da Região Norte reflete os investimentos em infraestrutura portuária e logística e reforça o papel dos portos como vetores de desenvolvimento econômico, integração regional e ampliação da competitividade das exportações brasileiras”, afirmou.
O resultado regional acompanha o bom momento do setor portuário nacional. Segundo a Antaq, os meses de setembro e outubro de 2025 registraram movimentações de 120,4 milhões e 121,5 milhões de toneladas, respectivamente, os maiores volumes da série histórica.
No acumulado entre janeiro e outubro, os portos brasileiros movimentaram 1,16 bilhão de toneladas, crescimento de 4,03% na comparação anual. Em outubro, a movimentação total foi de 121,5 milhões de toneladas, alta de 9,8%, recorde histórico para o mês.
Entre as cargas com maior destaque em outubro estão o coque de petróleo, com 0,72 milhão de toneladas e crescimento de 130,69%; a soja, que atingiu 6,96 milhões de toneladas (+39,42%); e o milho, com 7,89 milhões de toneladas movimentadas (+26,15%).




























