A primeira sessão ordinária da Câmara de Barcarena, realizada nesta terça-feira (11), foi marcada por debates acalorados sobre a insatisfação dos moradores com o transporte público e o aumento da tarifa das lanchas que fazem o trajeto Barcarena/Belém. Vereadores criticaram a precariedade dos serviços e cobraram soluções urgentes.
O vereador JP Bozza (PDT) relatou que tem sido inundado com vídeos e áudios de moradores reclamando da demora e da má qualidade dos ônibus. “Jovens estudantes e trabalhadores esperam até duas horas por um transporte. Isso é inaceitável. Além disso, muitos veículos estão sucateados. Precisamos conversar com as cooperativas para entender o que está acontecendo”, disse Bozza.
O presidente da Câmara, Júnior Ogawa (PP), reforçou a necessidade de fiscalização e confirmou que as cooperativas serão chamadas para prestar esclarecimentos. “O transporte público não acompanha o desenvolvimento do município. Recebo muitas reclamações sobre a precariedade dos veículos”, afirmou Ogawa, ecoando as críticas do vereador Rildo Magno (AVANTE).
Outro ponto que gerou revolta foi o aumento da passagem das lanchas que fazem o trajeto fluvial entre Barcarena e Belém. A tarifa, que custava R$ 14,85, vai subir para R$ 17,58 a partir do dia 13 de fevereiro. O vereador Júnior Cravo (UNIÃO BRASIL) sugeriu a convocação da ARCOM, órgão responsável pelo contrato, além da participação de entidades como a OAB e o Ministério Público, para discutir o reajuste. “A insatisfação da população é grande, e precisamos tratar desse assunto com a seriedade que ele merece”, afirmou Cravo.
O tema será aprofundado na Comissão de Infraestrutura, Segurança Pública, Transporte, Defesa, Habitação e Ordenamento Territorial da Câmara, que deve promover debates e buscar soluções para os problemas apontados.
O Portal Barcarena relembra que desde julho de 2024, a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos de Transportes do Estado do Pará (Artran) passou a ser responsável pela regulação, controle e fiscalização do transporte intermunicipal no Pará.
Com informações da ASCOM Legislativa