A Ferrogrão, projeto ambicioso que visa conectar o Pará ao Mato Grosso para facilitar o transporte de grãos pelo norte do Brasil, é o foco das atenções do agronegócio. Em coletiva de imprensa realizada na quarta-feira, 10, o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que o governo federal vai atualizar o projeto da Ferrogrão, em até 6 meses, para viabilizar o seu licenciamento ambiental.
“A gente vai atualizar o projeto e aí a gente vai verificar qual é o caminho legal para ter o licenciamento e para que a obra possa percorrer os trechos que ela deseja percorrer. É isso que vai ser feito. Então, a Ferrogrão está na nossa agenda”, declarou.
Com o Novo PAC, os projetos ferroviários foram elencados como prioridade pelo Governo Federal, e devem receber um investimento de R$94,2 bilhões até 2026. De acordo com Renan Filho, o governo planeja lançar, ainda no primeiro semestre de 2024, um pacote de obras em ferrovias, contando com recursos públicos e concessões privadas. Entre os projetos, estão os estudos para concessões: Malha Oeste; Corredor Arco-Norte (Ferrogrão); Ferrovia Centro-Atlântica; Malha Sul; Corredor Leste-Oeste; Estrada de Ferro Rio-Vitória (EF -118 ) Corredor Nordeste (FTL).
A Ferrogrão, que teve sua trajetória marcada por ajustes ambientais em 2016 e questionamentos judiciais, ganha novo fôlego após a suspensão temporária pelo STF em setembro do ano passado. Renan Filho ressaltou a confiança no avanço do projeto e a possibilidade de construir a ferrovia ao lado da BR-163, com o compromisso de não comprometer áreas de conservação.
“Agora, temos condição de avançar com o projeto e, depois do projeto reorganizado nesse período de seis meses, vamos verificar quais são as necessidades impostas, ambientais, com relação a terras indígenas, para a Ferrogrão percorrer aquele trajeto”, disse.
