O Porto de Vila do Conde, em Barcarena, completa 40 anos de operação nesta sexta-feira (24) em meio a números que reforçam sua importância estratégica para a economia do Pará e do Brasil. Em 2025, o terminal público administrado pela Companhia Docas do Pará (CDP) movimentou 13,3 milhões de toneladas, mantendo-se como o maior porto da Região Norte e um dos principais elos de escoamento de commodities brasileiras pelo Arco Norte.
A origem do porto está diretamente ligada à instalação do complexo industrial da Albras e da Alunorte, marcos da industrialização da Amazônia. Em 1976, o acordo de cooperação econômica entre Brasil e Japão deu início ao projeto que transformaria Barcarena. Como contrapartida, o governo brasileiro assumiu a construção da infraestrutura portuária, rodoviária e urbana necessária para viabilizar o processamento industrial da bauxita e a produção em larga escala de alumina e alumínio, bases da economia barcarenense até hoje.

Inaugurado em 1985, às margens da Baía do Marajó, o Porto de Vila do Conde tornou-se o coração do Complexo Portuário e Industrial de Vila do Conde, um dos mais relevantes do Norte do país. O entorno abriga indústrias como Alunorte, Albrás, Alubar e Artemyn, além de terminais privados voltados à exportação de caulim, grãos e granéis minerais, como os da Artemyn e o Terminal de Grãos Ponta da Montanha. A região também desponta como pioneira na transição energética, com a presença de um terminal de gás natural e duas usinas termelétricas, reforçando o papel de Barcarena como polo de energia renovável e indústria.
Com profundidade entre 12 e 23 metros, o Vila do Conde dispõe de berços de atracação capazes de receber navios de grande porte, acesso fluvial, marítimo e rodoviário, e amplas áreas disponíveis para expansão, fatores que garantem vantagem competitiva frente a outros portos do Arco Norte e atraem novos investimentos logísticos e industriais.

A vocação mineral segue como o principal motor das operações. Das 13,3 milhões de toneladas movimentadas em 2025, cerca de 9,6 milhões foram de granéis sólidos, alta de 2,18% em relação a 2024. As principais cargas incluem produtos químicos inorgânicos (3,6 milhões de toneladas), bauxita (2,8 milhões), soja (1,2 milhão) e contêineres (1,1 milhão).
Quatro décadas após sua primeira operação, o Porto de Vila do Conde é um símbolo histórico do desenvolvimento de Barcarena, sustentando a presença do Pará no mapa da exportação mundial e reafirmando seu papel de porta de entrada da Amazônia para o comércio global.
































Uma resposta
Meu sonho e trabalhar nessas empresas albras, idro…