Ao celebrar 30 anos do início de suas operações, a Alunorte, maior refinaria de alumina do mundo em planta única, revisita sua trajetória através das histórias de quem a construiu. Mais do que números e marcos de produção, a história da empresa é contada pelas famílias e gerações de profissionais que cresceram junto com a refinaria.
Essa jornada de três décadas demonstra o impacto das operações no desenvolvimento do município de Barcarena, no Pará, onde ela está localizada, e é personificada por pioneiros como Carlos Abrantes, atual Gerente de Logística e Almoxarifado. Natural de Minas Gerais, ele se formou como Engenheiro de Mecânico em 1982 e logo se mudou para o Pará para atuar no setor de mineração.
Ele chegou a Barcarena em 1984, antes mesmo da partida da Alunorte, para atuar como supervisor de Almoxarifado da Albras, maior produtora de alumínio primário do Brasil, também da Hydro, meses antes mesmo de sua inauguração.
Há mais de 40 anos em empresas da Hydro, Carlos testemunhou a evolução da região, e foi papel fundamental neste crescimento ao garantir que não faltasse material para as operações, tanto nos setores de Almoxarifado e Logística, como no de Suprimentos e Manutenção. “Quando cheguei, a infraestrutura era completamente diferente. Vi a Vila dos Cabanos crescer, as empresas se expandirem e tive o privilégio de criar meus três filhos aqui, que são paraenses. Fazer parte dessa construção desde o início e ver o impacto positivo que geramos é uma realização imensa”, afirma.
Na Alunorte, o ponto de partida foi a operacionalização do primeiro moinho, em 15 de julho de 1995. Joel Miranda, hoje Gerente de Operações de Projetos Especiais, era Operador de Sala de Controle e estava na linha de frente naquele dia histórico.
Ele recorda a emoção das primeiras semanas, com o apoio de uma equipe multinacional, e o sentimento de realização. “Era um momento muito esperado, o ápice de uma obra que exigiu muito trabalho. Olhar para trás e ver que éramos cerca de 700 pessoas e hoje somos quase 8.000 é ter a dimensão da nossa transformação”, afirma.
Ao longo dos 30 anos, a Alunorte passou por três grandes expansões, ampliando sua capacidade de produção de 1,6 milhão para 6,3 milhões de toneladas anuais. Joel destaca a sensação de ter feito parte desses processos.
“Quando ando pela Alunorte, que antes ocupava um território bem menor, passa um filme na minha cabeça. Lembro com alegria das inaugurações de cada estação que construímos e de momentos da minha vida que vivi trabalhando na empresa”, destaca.
Além de Carlos e Joel, Sebastião Souza é outra figura essencial para o desenvolvimento da empresa. Natural de Belém, o técnico em metalurgia se mudou para Barcarena em 1985 para atuar na Albras e integrou a equipe responsável por preparar os equipamentos para o início das operações na Alunorte.
“Fui convidado para participar de todo o comissionamento, que é a fase de testes dos equipamentos e circuitos para garantir que tudo estivesse pronto no momento da inauguração. Realizei esse comissionamento e de diversos novos equipamentos ao longo das expansões”, relembra Sebastião, atualmente Especialista de Processos sênior. “Desde então, são 30 anos de Alunorte, o que é uma honra pois se trata de uma empresa, que sempre me transmitiu confiança e reconhecimento”, acrescenta.
Seu envolvimento na Alunorte é tão representativo que inspirou seus filhos Maitê, Rafaela e Marlon a seguirem seus passos, candidatando-se a vagas para seleção. “Me mudei para a Vila quando as primeiras casas estavam sendo construídas, e criei eles aqui. Me sinto extremamente realizado ao ver que consegui incentivá-los a ponto deles se graduarem em engenharia e ingressarem na Alunorte”, conta.
O primeiro a ingressar foi Marlon, há oito anos. Atualmente está responsável pela Gerência Sênior de Clarificação. Já Maitê Souza, Supervisora de Manutenção no Filtro Prensa, ingressou há três anos. “A Alunorte sempre fez parte das nossas vidas e sempre nos proveu muito bem. Crescemos vendo nosso pai chegar em casa com o uniforme, o capacete, e ouvindo suas histórias. Isso gerou uma admiração que nos motivou a sonhar em um dia trabalhar aqui também”, detalha Maitê.
Há dois anos na empresa, Rafaela Neves, Engenheira Eletricista na Oficina Central, também aborda esse aspecto. “É incrível poder trocar experiências com meu pai e meus irmãos. Nossos encontros de família muitas vezes giram em torno da Alunorte, compartilhando aprendizados e desafios. É uma conexão que vai além do profissional”, diz.
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