Um aumento nos casos de doença de Chagas no bairro Cafezal, em Barcarena, levou a comunidade e a Vigilância Sanitária do município a organizar uma reunião nesta quinta-feira (12) para falar sobre prevenção e cuidados. Os registros dos casos começaram há cerca de duas semanas e 18 casos da doença já teriam sido confirmados, de acordo com o morador Anderson do Cafezal, que acompanhou a palestra.
A Prefeitura de Barcarena, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSB), já iniciou ações de conscientização sobre a doença, com distribuição de materiais educativos e orientações para evitar a transmissão. Na reunião realizada na manhã desta quinta-feira, a Vigilância Sanitária enfatizou as medidas preventivas e destacou a necessidade de adequação de estabelecimentos comerciais, um número para eventuais dúvidas, esclarecimentos e denúncias foi fornecido aos moradores.
A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, pode ser transmitida pelo contato com fezes do barbeiro infectado (transmissão vetorial) ou pelo consumo de alimentos contaminados (transmissão oral). A transmissão congênita também já foi identificada no Pará.
Segundo especialistas, a doença apresenta uma fase aguda inicial que, se não tratada, pode evoluir para uma forma crônica, com danos ao coração e ao sistema digestivo. Os principais sintomas na fase aguda incluem febre, cansaço, dores no corpo, taquicardia, falta de ar e inchaço no rosto e nos membros inferiores.
Diagnóstico precoce é fundamental
Moradores que apresentem sintomas devem procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e realização de exames. O tratamento, que inclui medicação específica por dois meses, deve ser iniciado o mais rápido possível para minimizar os danos causados pelo parasito. Pacientes também recebem acompanhamento médico por até cinco anos, envolvendo especialistas, como cardiologistas e infectologistas, conforme a necessidade.
O Portal Barcarena entrou em contato com a Prefeitura de Barcarena e a SEMUSB para confirmar os números do surto e questionar as ações para conter a disseminação da doença, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
Uma resposta