A Visiona, joint-venture entre a Embraer e a Telebras, divulgou as primeiras imagens capturadas pelo VCUB1, o primeiro satélite de alto desempenho desenvolvido pela indústria nacional. Entre as cidades registradas estão Barcarena, no Pará, além de Brasília, Mossoró, São Paulo e Manaus. O VCUB1, que pesa apenas 12 kg, está equipado com uma câmera de alta resolução e um avançado sistema de comunicação.

O satélite, lançado em 2023, passou o primeiro ano focado no desenvolvimento e amadurecimento de sistemas, seguido pela calibração da câmera para capturar as imagens. Com isso, a Visiona concluiu a avaliação operacional do equipamento, que já é visto como um marco para o Programa Espacial Brasileiro.
“Os satélites têm um papel fundamental no mundo todo e no Brasil. O VCUB1 pode ser utilizado em áreas como proteção ambiental, resposta a desastres naturais, combate às queimadas e desenvolvimento da agricultura”, explicou João Paulo Rodrigues Campos, CEO da Visiona.
Além disso, o VCUB1 é o primeiro satélite com software totalmente desenvolvido no Brasil, garantindo autonomia no projeto e permitindo a substituição de componentes com flexibilidade. Segundo Himilcon Carvalho, CTO da Visiona, o domínio do software embarcado coloca o Brasil em um seleto grupo de países capazes de desenvolver satélites de forma independente. “As imagens confirmam o desempenho dos sistemas e essas tecnologias devem equipar os próximos projetos da empresa”, afirmou.

O projeto, liderado pela Visiona, contou com a participação de diversas empresas e Institutos de Ciência e Tecnologias brasileiros como a OPTO Space & Defense, responsável pelo projeto e construção da câmera, a AMS Kepler, a Metalcard, a Orbital Engenharia, a Embrapii, por meio de sua unidade ISI Embarcados SENAI-SC, o Instituto de Aeronáutica e Espaço da Força Aérea e o INPE. Além disso, contribuíram no desenvolvimento a Agência Espacial Brasileira, Embrapa, CPRM, CEMADEN, UFSC, ITA, Governo de Santa Catarina, CENSIPAM, IICA, Prefeitura de São José dos Campos, Naturantins, Transpetro e o IBAMA.
Fonte: Agência Espacial Brasileira